sábado, 22 de agosto de 2015

GERIR A CADEIA DE SUPRIMENTOS DE FORMA COMPETITIVA


A complexidade da economia globalizada vem criando, nas últimas décadas, novos desafios para as organizações, na busca constante por mais eficiência Operacional, ampliação de mercados e, consequentemente, melhores resultados econômicos.

A competitividade crescente tem feito com que as empresas de ponta em seus segmentos aprimorem todos os seus Processos de Produção como forma de garantir e ampliar essa vanguarda de mercado. 

Muitas delas já descobriram que um dos nichos nessa Estratégia acontece em uma das etapas essenciais do Processo Produtivo – a Gestão de Compras na Cadeia de Suprimentos. Nesse elo pode estar o sucesso de um grande diferencial competitivo para as empresas que buscam a liderança no mercado.

Estudo analisa o como praticar as Compras.

Diante deste contexto, a Fundação Dom Cabral realizou um estudo voltado para o mapeamento e a análise das Estratégias de Compras em médias e grandes empresas do Brasil. 

O principal objetivo desse trabalho é trazer à tona essas práticas adotadas pelos gestores da área. Tal estudo analisa, portanto, a formação de Cadeias de Suprimento como instrumento de competição, fruto de uma mudança nas concepções de conquistas de mercado adotadas por muitas empresas.

Resultados registram os avanços. 

Os resultados demonstram os expressivos avanços que têm sido obtidos na Gestão Estratégica de Compras. 

O principal deles, provavelmente, é a percepção da importância de se intensificar e se inovar as práticas de compras nos últimos anos. 

Essa tem sido, inclusive, uma maneira eficaz de fazer com que a área contribua para o sucesso dos negócios como um todo. 

Mudanças de Estratégia e paradigmas. 

Para se compreender como se chegou a esses resultados, é preciso compreender a dinâmica de mudanças que vêm marcando a área. E a principal inovação na Estratégia é de fácil percepção – se, até pouco tempo, a formação de Cadeias de Suprimento estava voltada para o produto, agora ela é prioritariamente orientada para os Clientes. 

Na prática, o que vem ocorrendo é uma sistemática substituição de esforços isolados de empresas em busca de competitividade por uma visão inovadora, segundo a qual o sucesso advém da capacidade de as organizações se estruturarem. 

Assim, elas tornam-se capazes de fazer uma gestão eficaz de relacionamento entre parceiros, cujo compromisso comum é entregar valor superior aos seus consumidores finais. 

Dessa maneira, a forma inovadora de se executar a Gestão da Cadeia de Suprimentos surge como um novo paradigma de Gestão de Relacionamento interorganizacional, desenvolvido ao longo das últimas décadas.

A liderança de empresa-chave. 

Um dos aspectos mais relevantes desse modelo de Gestão é a liderança de uma empresa-chave. Ela torna-se a principal responsável pelo cumprimento do Planejamento Estratégico de toda a cadeia. 

Cabe a ela, ainda, difundir as ações sistêmicas e os objetivos gerais, sinalizando a Estratégia comum de atuação, incentivando, entre outras ações, o comprometimento, a coordenação e a integração entre as demais organizações parceiras. 

Esses Processos levam à saudável prática da colaboração, com impactos na performance das empresas e, consequentemente, da cadeia como um todo. Esse ambiente que reforça a necessidade de colaboração e coordenação torna-se sucessor dos relacionamentos de negócios tradicionais, que sempre se apoiaram no uso do poder de barganha e da confrontação. 

Por isso mesmo, eles se mostraram incapazes de oferecer respostas às demandas dos clientes e consumidores em ambientes dinâmicos e complexos. Nesse contexto, acabaram cedendo lugar aos Processos de interação colaborativa entre as empresas. 

Projetos colaborativos e a Função Compras. 

A colaboração entre as empresas é, portanto, a base que sustenta os Processos de coordenação de atividades interorganizacionais. Sem projetos colaborativos, a capacidade de inovação e de desenvolvimento de competências entre parceiros estratégicos fica restrita à habilidade que cada empresa individual já possuía para esse procedimento. 

Com isso, perde-se a oportunidade de alavancar a geração e a combinação de novos recursos no âmbito da díade, fortalecendo a capacidade competitiva de toda a Cadeia de Suprimentos. 

Nesse contexto, houve uma reconfiguração do papel desempenhado pela função Compras nas cadeias, que passou a ser mais abrangente do que era, quando executada meramente em uma visão Operacional. 

A perspectiva vigente em ambientes de colaboração entre empresas prevê que essa função Compras atue como protagonista no desenvolvimento e na Gestão do relacionamento entre elas – liderando ou, ao menos, participando ativamente dos processos de interação entre cada empresa e seus fornecedores.

FONTE: Fundação Dom Cabral



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